Friday, April 26, 2013

Uma coisa que eu aprendi

Uma coisa que eu aprendi nessa minha linda carreira: um sorriso e um “How’s your day going?” goes a loooong way e é quase sempre garantia de uma gorjetinha num take out singelo. Nem que seja uma doleta. Outra coisa que eu aprendi nessa minha linda carreira é que se o sujeito é cheap, não adianta nem oferecer uma bandeja de frutas frescas, água de coco e dançar a macarena. Ele pode até devolver o sorriso, mas dar um dólar, nunca!

Tuesday, April 16, 2013

Preço por cabeça

No rodízio que eu trabalhei aconteceu, nem uma nem duas vezes, de as pessoas perguntarem se o valor era por pessoa ou por mesa. Sim. Eu tive que responder, com um sorrisão no rosto e uma risadinha faaaalsa: “quem dera, né? Hihihihi”.

Tuesday, April 9, 2013

Polvo

Prezado cliente, Não tente me entregar seu cartão quando eu ainda estou recolhendo – e equilibrando – todos os pratos sujos da sua mesa. Eu não sou um polvo.

Tuesday, April 2, 2013

A melhor mesa que eu já tive

Normalmente uso o blog pra reclamar e rir da desgraça alheia. Ou no caso, da minha própria. Mas essa é uma história com final feliz, sobre melhor mesa que eu já tive durante esses longos anos no food business. No sports bar que eu trabalhei fazia dinheiro, tinha boas coworkers, era uma boa clientela, eu dava minhas bicadinhas – com moderação, e os donos não eram assim de todo mal. O problema era uma mina podre de gananciosa e invejosa (se alguém fazia mais dinheiro do que ela, ela não escondia nem a cara feia e nem os comentários). Outro problema também era que um dos managers queria porque queria que eu saísse do meu outro trabalho e trabalhasse lá aos domingos. Para “me convencer" ele utilizava do seguinte estratagema: eu fechava na 6ª feira – chegava em casa depois da meia-noite – e abria no brunch de sábado – acordando às 6h30m da manhã. E não bastando isso, a shift da 6ª feira era a pior do mundo! Eu chegava as 7h3m0 – o restaurante já estava cheio. Minha station era upstairs, onde quase nenhum cliente ia. Eu descia pelas 9h30m, quando o movimento maior já tinha passado. Nunca reclamei - trabalho é trabalho e dinheiro é dinheiro. Um belo dia fui a desforra! Chego lá e o bartender me avisa: “Tem uma festa marcada pras 7h30m, elas tão querendo deixar aqui embaixo, mas fala pro manager colocar lá em cima”. Quando elas souberam que era festa de orientais, ninguém quis – não me perguntem o porque. Eram uns 30 japas, só um deles falava inglês. Ele chegou pra mim com o cardápio e disse: “2 desse, 2 desse, 2 desse, 2 desse, 2 desse (incluindo aperetivos e entradas)... Coloque tudo na mesa e a gente mesmo se serve”. Ele só escolheu as coisas mais caras do menu. Pediu 5 garrafas de vinho – pra começar. E eu só tive que abrir e por na mesa, eles mesmos se serviam. Acabada a refeição, 2 de cada das sobremesas. Mais vinho. Os japa zuretão, pediram uma garrafa de Patrón. Queriam que eu ensinasse a tomar shot. Aquele “arriba, abajo, al centro, a dentro!”, e na brincadeira foram uns 2, 3 shots pra mim também. Café pra todo mundo – eles também se serviam. A conta chegou – tip incluída – e eles deram mais. “Serviço excelente!!!”, disse o japa. Entre o começo e o fim da festa foram pouco mais de 2 horas. O gerente me mandou embora e depois de tipar devidamente bem meu bartender, busbuys e cozinha, saí com quase $300. Na saída a invejosa na porta: “Tchau, Fulanitcha!” Ela olhou bem fundo nos meus olhos e... não disse nada. Nada. Nem pra disfarçar.